Lá fora e aqui dentro.

O ano é 2020. 

O planeta vive o auge de sua transição. O mundo vive as dores de uma pandemia. A humanidade luta todos os dias contra suas más tendências: agora não tem mais saída. 

Fomos poupados de uma única grande guerra na superfície para dar lugar a outras duas mais discretas: a do interior de cada um e aquela que acontece no invisível do universo. Ambas entre as duas extremidades mais conhecidas por todos: o bem, o mal. 

Diante de todo este conflito que tem dia e hora para acabar, um coração ama. 

É  um coração. Mais nada. Banal. Prosaico. 

Não tem poderes especiais. Não pode curar o mundo. Não sabe de todas as verdades.  

E como todo coração, as vezes dói, as vezes chora, se decepciona e se encolhe. 

Mas, ama.  

E só por isso, entende, que mesmo com todos os problemas que a vida lhe propõe, e tantos outros que as suas escolhas lhe impuseram, ainda que as obrigações do dia ( ou desta vida ) lhe pesem as vezes no peito, mesmo que a ingratidão bata na porta tantas vezes sem que mereça, e que a inconsistência humana lhe rasgue todos os dias os olhos em lagrimas, ah!... mesmo assim, a vida abençoa com as vezes pequenas, as vezes sutis, muitas vezes de maneira tão abstrata que quase ninguém reconhece, mas nos presenteia com a oportunidade de amar e se souebermos permitir, ate de ser amados.

Quisera todo este mundo lá fora ( ou pelo menos esses alguns que moram ali dentro ) pudessem jamais se perder nas questões do ego, do medo que paralisa ou da realidade ilusória, e tivessem sempre olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de sentir os pequenos presentes de todos os dias. 

Que tivessem a humildade de recebe-los e a sabedoria de doa-los.

Eu, se pudesse, presentearia, todo mundo, todos os dias. 

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